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Burnout

O termo burnout é definido, como aquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia. Metaforicamente é aquilo, ou aquele, que chegou ao seu limite, com grande prejuízo em seu desempenho físico ou mental. A síndrome de burnout é um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse (tensão) no trabalho. Para o diagnóstico, existem quatro concepções teóricas baseadas na possível etiologia da síndrome: clínica, sociopsicológica, organizacional, sócio-histórica. A mais utilizada nos estudos atuais é a concepção sociopsicológica. Nela, as características individuais associadas às do ambiente e às do trabalho propiciariam o aparecimento dos fatores multidimensionais da síndrome: exaustão emocional (EE), distanciamento afetivo (despersonalização - DE), baixa realização profissional (RP);

A síndrome tem sido tema de vários artigos, livros; discussões em congressos, entre profissionais de varias ocupações como médicos e enfermeiros que incluem o burnout como um dos causadores da diminuição da qualidade de seus serviços. O burnout foi reconhecido como um risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com saúde, educação e serviços humanos. No Brasil, o Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, aprovou o Regulamento da Previdência Social e, em seu Anexo II, trata dos Agentes Patogênicos causadores de Doenças Profissionais. O item XII da tabela de Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o Trabalho (Grupo V da Classificação Internacional das Doenças - CID-10) cita a "Sensação de Estar Acabado" ("Síndrome de Burnout", "Síndrome do Esgotamento Profissional") como sinônimos do burnout, que, na CID-10, recebe o código Z73.0.

O trabalho é uma atividade que pode ocupar grande parcela do tempo de cada indivíduo e do seu convívio em sociedade. Nem sempre ele possibilita realização profissional. Pode, ao contrário resultar em problemas desde a insatisfação até a exaustão. Freudenberger criou a expressão "staff burnout" para descrever uma síndrome composta por exaustão, desilusão e isolamento em trabalhadores da saúde mental.

O distanciamento afetivo provoca a sensação de alienação em relação aos outros, sendo a presença destes muitas vezes desagradável e não desejada. Já a baixa realização profissional ou baixa satisfação com o trabalho pode ser descrita como uma sensação de que muito pouco tem sido alcançado e o que é realizado não tem valor.

Em alunos do curso de graduação em Medicina, é grande a pressão para mostrar seu valor não apenas a si mesmos, mas também a terceiros. São estes - pacientes, colegas e a sociedade - que irão reconhecer e avaliar a atuação do profissional. E, em cada etapa a conquistar para se tornar um médico melhor, a tendência é o afunilamento do número de vagas disponíveis e o aumento da concorrência. Muitas vezes, nessa tentativa de querer sempre se destacar a fim de "queimar até a exaustão", estes estudantes podem ser grandes vítimas de burnout.

Textos base:
 

HTTPS://WWW.SCIELO.BR/SCIELO.PHP? SCRIPT=SCI ARTTEXT&PID=S010160832007000500004

HTTPS://WWW.SCIELO.BR/PDF/RBEM/V36N4/13.PDF

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