top of page

Câncer de Mama

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo (foram estimados 2,1 milhões de casos novos de câncer e 627 mil óbitos pela doença). No Brasil é tipo de câncer que mais acomete as mulheres (excetuando-se os tumores de pele não melanoma) e também o que mais mata. 

Fatores relacionados ao conhecimento da doença e às dificuldades de acesso das mulheres aos métodos diagnósticos e ao tratamento adequado e oportuno resultam na chegada das pacientes em estágios mais avançados do câncer de mama, piorando o prognóstico

Quanto mais cedo um tumor invasivo é detectado e o tratamento é iniciado, maior a probabilidade de cura. Várias ações vêm sendo implementadas para diagnosticar o câncer nos estágios iniciais. Entretanto, em razão da individualização orgânica e da extrema heterogeneidade tumoral associada à presença de fatores de risco conhecidos e não conhecidos, o câncer de mama é considerado uma doença de comportamento dinâmico, em constante transformação

O tratamento do câncer de mama classifica-se como sistêmico, quando se utilizam quimioterapia, hormonioterapia e/ou terapia-alvo molecular e local; cirúrgico, radical ou conservador; e radioterápico
 

 

Quantas mulheres adoecem de câncer de mama?
 

No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% dos cânceres em mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma



 

 

Com que idade as mulheres adoeceram por câncer de mama? 
 

Na série dos anos de 2000 a 2010 dos RCBP no Brasil, verifica-se um aumento na idade mediana registrada no momento do diagnóstico: de 53 anos em 2000 para 56 anos em 2010.


 

Linha de cuidado
 

A abordagem do câncer de mama perpassa todos os níveis de atenção e depende da articulação entre eles para o melhor resultado das ações de controle. Na Atenção Básica, são feitas as ações de prevenção e detecção precoce. Quando há uma suspeita de câncer, as mulheres são encaminhadas para a Média Complexidade para investigação diagnóstica. Confirmado o câncer, elas são encaminhadas para tratamento numa unidade hospitalar de referência. O tratamento inclui a oferta dos cuidados paliativos na medida em que forem sendo necessários.

 

 

 

Fatores de risco e prevenção
 

Alguns fatores de risco, como os hereditários, hormonais e reprodutivos, certos tipos de doença benigna da mama, idade e raça, não podem ser alterados. Outros fatores ambientais ou comportamentais, tais como reposição hormonal, ingestão de bebidas alcoólicas, excesso de gordura corporal, radiação ionizante em tórax e uso de tabaco podem ser reduzidos. A prática regular de atividade física e a amamentação também são formas de se proteger do câncer de mama. Alguns desses fatores afetam o risco de desenvolver câncer de mama mais do que outros e podem mudar ao longo do tempo, como o envelhecimento populacional ou as mudanças culturais em estilos de vida. Somente 10% dos casos de câncer de mama são atribuídos a fatores hereditários como as mutações germinativas nos genes BRCA1 e BRCA2, que são responsáveis pela síndrome de cânceres de mama e ovário hereditários
 

 

O câncer de mama em homens
 

Homens não têm as mamas desenvolvidas, porém, tal como as mulheres, possuem tecido mamário e podem desenvolver câncer nessa região. Enquanto vários hormônios nos corpos de meninas e mulheres estimulam o desenvolvimento das glândulas mamárias, nos meninos e homens, normalmente não há esse estímulo, resultando em um tecido mamário plano e pequeno. Às vezes os homens podem desenvolver o tecido das glândulas mamárias quando tomam certos medicamentos ou têm níveis anormais de hormônios. O câncer de mama em homens é uma doença rara: apenas 1% de todos os cânceres de mama

Autoexame

No espelho

 


Observe os dois seios com os braços abaixados, depois coloque as mãos na cintura e faça força, em seguida coloque as mãos atrás da cabeça. Veja se há algo fora do comum com eles.
Verifique se ocorre achatamento, saliência, enrugamento, vermelhidão, aspereza ou sensação de dureza.
Observe o tamanho, posição e forma do mamilo, pressione-o levemente e veja se sai alguma secreção.



No banho
 

Com a pele ensaboada, eleve o braço direito e pressione suavemente a mama com os dedos da mão esquerda, fazendo uma espiral da axila até o mamilo.

Observe a presença de nódulos ou endurecimento.

Faça o mesmo com a mama esquerda.​
 


Deitada
 

Coloque um dos braços atrás da cabeça e com a outra mão apalpe levemente a mama em formato espiral, da axila ao mamilo.

Observe engrossamento ou pequenas protuberâncias na pele.

Faça o mesmo na outra mama.





 

OBS: esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no autoexame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde!



Textos base:

 

https://www.gov.br/saude/pt-br
https://www.scielo.br/pdf/reben/v64n6/v64n6a05.pdf

https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//a_situacao_ca_mama_brasil_2019.pdf
https://www.portalsuperacao.org.br/home-2/como-fazer-o-autoexame-cancer-de-mama/

bottom of page