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Ata da Assembléia de 1º de julho

Ata da Assembleia dos estudantes de medicina da UNIFESP do dia 04 de julho de 2013, às 12h no anfiteatro Lemos Torres

Não houve quórum no horário estabelecido, iniciando-se a assembleia na segunda chamada, com 25 estudantes presentes.

Wumathylla, coordenador geral do CAPB, da inicio a assembleia com um informe a respeito da Reuniao da Regional Sul-2 da DENEM que ocorrera no CAOC da FMUSP neste final de semana. Tambem foi realizado um informe a respeito do evento organizado pela Reitoria da Unifesp sobre as manifestações que estão ocorrendo em todo pais, hoje as 18h.

Matheus Barbosa realizou a leitura de um texto feito a partir da mesa redonda que ocorreu sexta-feira dia 28 sobre o assunto da assembleia: Revalidacao e Importacao de Medicos Estrangeiros.

Lucas Carlini da um informe em relação ao tema, sobre o ato ontem na Avenida Paulista, puxado pela APM. Deixa claro que o ato não defendeu o nosso posicionamento, pois fazemos criticas mais profundas a respeito do assunto. Considera o ato de caráter conservador e corporativista porque foi organizado por uma entidade com as mesmas características. Tambem critica a falta de foco a respeito das condições de trabalho, como jornadas de trabalho extensivas. Ainda comentou que existem lugares no Brasil onde não existem estruturas, mas questionou o conceito de saúde que defendemos: não e somente ausência de doença.

Fernando Dulcini concordou com o que foi falado pelo Lucas Carlini a respeito do ato. Ele reforçou que o texto escrito contempla as ideias defendidas pelo CAPB. Disse que devemos aproveitar o momento de manifestações para pedirmos maiores investimentos na saúde, como infraestrutura. Ainda disse que a saúde engloba aspectos como violência e pobreza, que devem ser contempladas pelo movimento.

Wallyson defende as questões do saúde do trabalhador.

Bianca Camerini levanta a proposta de incluirmos na carta o pedido de 10% do PIB para o SUS. Sobre o salario dos médicos, em alguns lugares ela disse que são bons, então essa não e a questão principal. Sustentou a defesa de uma avaliação consistente do que realmente afeta a saúde no Brasil. Wallyson diz que existem lugares onde os salários dos médicos não são pagos adequadamente e em dia.

Wumathylla reforca que a passeata de ontem foi organizada pela APM, uma entidade que apoia o exame do CREMESP, e se mostrou contra esse exame em questão. Juntamente com o Revalida, a entidade defende a criação da reserva medica de mercado, a transformação da saúde em mercadoria. Wumathylla foi questionado a respeito se ele se preocupa com a qualidade dos médicos formados e que atuarão nas áreas e afirmou que sim, mas que o sistema de avaliação deve ser revisto porque desde que foi implementado, o numero de aprovados se mantem constante (mesmo com o aumento de pessoas que prestam o exame), o que demonstra a ideia da reserva de mercado. Ainda questiona o tipo de prova, mais ampla, que avalia linguagem e adequação a região onde o candidato ira trabalhar, que avalie a parte pratica e também as questões de saúde próprias daquela região.

Fernando Dulcini considera o tema interessante os moldes que a prova deve ser feita. Exemplifica que se ele fosse dono de um convenio, ele gostaria de ter mais médicos. Wumathylla critica o fato de médicos sem CRM acabarem tocando serviços, com baixos salários e grande carga (o que prejudica a saúde da população), carimbados por médicos com CRM. Compara a exploração desse serviço com os serviços tocados pelos internos do curso de medicina. Fernando Dulcini discorda com a exploração de serviços dos internos no Hospital São Paulo por causa da grande quantidade de residentes.

Thiago Coelho reforca a ideia de tomarmos cuidado com quem esta liderando esses movimentos. Exemplifica com o exemplo dos movimentos que ocorreram no Direito na década de 70, no qual os estudantes foram levados às ruas para defenderem a prova da OAB, que e uma prova na defesa de reserva de mercado de advogados. Ele diz que e função dos Ministerios da Saude e da Educacao avaliar a qualidade dos médicos formados e defende o modelo do teste de progresso, com recuperação dos estudantes que não conseguiram uma nota almejada. Bianca Camerini critica o estabelecimento de uma prova pontual, com media 6. Levantou a questão: o medico que tirar 6 sabe 60% de medicina. Thiago Coelho volta a criticar os professores porque não conseguem ensinar nem avaliar os alunos de medicina, o que eles precisam saber para se tornarem médicos e exercerem a saúde necessária para a população. Lucas Carlini apoia o mesmo posicionamento. Da prova de revalidação, Thiago Coelho defende o modelo de provas steps como feitas pelos Estados Unidos, mas não defendendo interesses de corporações, mas os interesses necessários para a saúde brasileira.

Erika Plascak diz que no ultimo conselho universitário da Unifesp sugeriram que abrissem mais 39 vagas na Unifesp, sem necessidade social da região central nem capacidade estrutural para recebermos esses estudantes. O governo não garante a qualidade das universidades em locais longínquos e acaba inflando os grandes centros urbanos. Ainda critica a responsabilização dos estudantes nas avaliações, mas não avalia as condições das universidades, permanências e auxílios estudantis, nem o ensino dos professores.

Matheus Barbosa reforca esse posicionamento e diz não responsabilizar so os professores, mas eles precisam de maior capacitação para ensinarem e avaliarem. Erika disse que fazer esse tipo de avaliação de estudantes de universidades fora do pais e difícil, diz haver necessidade de calibrar, mas questiona os estudantes escolhidos para a calibragem do exame de revalidação. Thiago Coelho critica o jeito que o MEC avalia as universidades atualmente, com avisos prévios, que permitem uma adaptação do local somente para receberem os avaliadores. Lucas Carlini compara a precarização do ensino publico superior com o que aconteceu com o ensino publico primário, a criação e incentivo a escolas privadas, que reforcam o mercado do ensino.

Como o horário limite se aproxima, Erika propõe que façamos alguns encaminhamentos. Thiago e Erika defende colocarmos no texto que as medidas paliativas como Revalidacao e Provab são eleitoreiras. Wallyson diz que as medidas politicas sempre são eleitoreiras, mas elas devem servir para o bem comum da população. Matheus Barbosa esclareceu a a critica aos movimentos que estão sendo realizados, talvez defendamos os mesmos interesses, mas por motivos diferentes. Wallyson diz que e positivo somar forcas com entidades desde que seja somente para aquele assunto especifico. Matheus esclarece que em manifestações muito grandes, somam-se pessoas que não realizam criticas mais aprofundadas sobre os assuntos defendidos. Thiago diz que nesses movimentos grandes, quem e chamado para negociar com o governo, são as pessoas que lideram o movimento e, no caso do Revalida Sim, a APM, que não representa os interesses da população. Essas entidades defendem privatização da saúde e precarização do ensino. Wallyson e Fernando Dulcini defendem o modelo da prova Revalida, segundo eles, a prova avalia conhecimentos básicos que um medico deve saber. Erika questiona porque os estudantes de Cuba em geral não são aprovados pelo Revalida, com avaliações muito positivas pela OMS a respeito do ensino de medicina em Cuba, mas em outras provas de revalidação em outros países são aprovados. Bruno reforçou que a prova e básica e bem feita, mais fácil que exames de residência e muito mais fácil que teste do progresso.

Wumathylla propõe encaminhamentos, como nos colocarmos contra a vinda de médicos estrangeiros como politica de melhoria da saúde publica. Os médicos estrangeiros devem passar por um processo de revalidação de diplomas consistente. Defendemos maior esclarecimento a respeito da prova Revalida e questionamos as faculdades selecionadas para calibrarem o exame de revalidação.

Erika sugeriu que algumas pessoas escrevessem um documento no Google Docs, com base no que foi escrito nesta ata, complementado com o texto já elaborado. Ficam responsáveis Erika Plascak, Thiago Coelho, Walyson, Lucas Carlini e Fernando Dulcini.

Sem mais, eu, Yago Carvalho Baldin, coordenador de comunicação do CAPB, lavrei esta ata e dou fé ao seu conteúdo.

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