Informes:
Chau: eleições para representantes discentes dos órgãos colegiados (onde as decisões são tomadas na Unifesp - com representação discente limitada, apenas 15% das cadeiras). Aponta que a atuação dos estudantes nesses espaços é bem limitada e superficial, apesar de ser importantíssima essa representação para ocupar minimamente esses espaços. O cronograma das eleições será publicizado em breve
Chau: reunião entre estudantes, PROGRAD e pro reitoria de assuntos estudantis. Também estavam presentes Larissa, Rafael e Fernanda. Foi uma reunião pedida pelos estudantes, para pautar a questão da regulamentação das ADEs (professores que não estão cumprindo regras). Propuseram algumas políticas de redução de danos para as ADEs, perguntaram como estavam os índices de evasão. Pautou-se também a questão do RU. Foi uma reunião bastante esquiva por parte deles, apontando sempre que estavam de mãos atadas por questões de orçamento e pelas decisões dos docentes. Tiveram falar tensas a respeito da permanência estudantil, principalmente sobre a questão da alimentação.
Larissa: Sobre a questão do RU, foram questionados várias vezes se eles tinham alguma proposta sobre a questão. No final, o Anderson apontou que teria uma outra reunião na próxima semana, em que ele daria propostas completas sobre a alimentação, apontando que provavelmente seria a entrega de marmitas para os estudantes que precisam. Não sabemos ainda como essa proposta será posta em prática.
Pautas:
Plano de desenvolvimento institucional (PDI)
Saúde mental dos estudantes
Indicação comissão de mobilidade
Abaixo-assinado CA’s - PAUTA ADIADA
Espaço de formação
1. PDI
Chau: diz que foi feita uma síntese do assunto para poder aprofundá-lo (apresenta essa síntese). O PDI é um documento que existe em outras instituições de ensino superior e serve de guia para futuros projetos durante os próximos 5 anos. Então, esse plano vai perdurar de 2020-2025. A Fernanda, do GT do CAPB, participou do grupo de trabalho de elaboração do PDI. O COPLAD, o CG e o CONSU sugeriram propostas no plano. A participação dos discentes na elaboração do PDI é restrita aos representantes discentes. Dentro desse PDI, deve haver uma parte abordando sobre o ensino remoto, de acordo com diretrizes do MEC de 2007 (2017?). Discorre sobre vários pontos do PDI, como a parceria público-privada, fontes alternativas de recurso, precarização da permanência estudantil entre outros. Ressalta a importância da discussão dessa pauta, pois é o PDI que determina o futuro da universidade.
Rafael: comenta que uma parte da verba de permanência vai cair de aproximadamente 10 milhões para 8 milhões de reais. Aponta que uma solução para o suprimento dessa verba seria a parceria público-privada. Questiona quem decide a procura dessa fonte alternativa de renda, pois imagina que esse tipo de financiamento deveria ser proveniente de uma legislação. Aponta que essas decisões são muito impactantes e que acontecem de forma não transparente e repentina.
Chau: existe uma verba para permanência estudantil que vem do MEC, chamada de PNAES. No começo do ano, houve um congestionamento da verba por conta da pandemia, decisão a qual é passada pelo Congresso. As instâncias de decisão para que seja feita uma parceria público-privada seria a PRAE, pró-reitoria de administração e CONSU, além dos respectivos conselhos. Apesar de haver uma parcela de discentes nessas instâncias, eles são subrepresentados.
Larissa: pergunta se o PDI já foi aprovado ou se está em processo de aprovação
Chau: responde que está em processo de elaboração. No CONSU foi definido o sumário do documento, depois foi para os conselhos para proposição das ideias dentro dos eixos. Devem ser votadas essas propostas, e depois irá para as Câmaras de Graduação para definir outras coisas. Atualmente está no estágio de votação das propostas, que são os objetivos (ex: diminuir em x por cento a evasão etc)
Larissa: questiona o que exatamente faz o grupo de trabalho da elaboração em que a Fernanda estava presente
Chau: responde que é a primeira etapa de elaboração do PDI, na qual é decidido, por exemplo, a metodologia da elaboração. No começo do ano, houve o contigenciamento da verba do PNAES e ia ser feita a greve dos estudantes, então tudo mudou. Questiona a percepção das pessoas na reunião sobre a realidade atual.
Mariana: comenta que está mais difícil a mobilização por alguns fatores, como o sugamento físico e mental dos estudantes por conta do ensino remoto, o que resulta em um afastamento dos discentes em relação à instituição. Questiona se seria efetivo nós falarmos um pouco mais sobre isso com as pessoas.
Daniele: concorda com a Mariana. Adiciona que os estudantes de medicina não dão muita importância para o assunto do ensino remoto no futuro, pois partem do pressuposto que na medicina nunca vai ser transformada em EAD, por conta da importância das atividades práticas. Entende que deve-se atrair as pessoas ao movimento estudantil para conseguirem entender certas pautas institucionais, pois é só assim que as pessoas vão adquirir um entendimento a respeito do que está acontecendo e se interessar por isso. Assim, deve-se ser feito um trabalho de base, mas também entende que isso é difícil com um movimento estudantil esvaziado como o da Unifesp.
Chau: concorda com a Mariana, Daniele e Amanda. As pessoas não estão atentos pelo o que está acontecendo, além do PDI estar incluso em certos conselhos de forma restrita e ser difícil trazer isso para o debate com todos os estudantes que não participam do movimento estudantil. Por exemplo, um movimento contra o contigenciamento do PNAES não consegue ser feita de forma local, mas sim de maneira nacional, mas para que o nacional seja feito, é necessário que as locais estejam fortes. No movimento estudantil, normalmente agimos com contra-ataques, mas é essencial que sejam sugeridas propostas. Concorda que o ensino remoto é um tabu atualmente.
Carla: a mobilização não acontece de um dia para a noite, assim é necessário fazer formação e discussão do porquê ser contra o ensino remoto e sobre outros assuntos ao longo de toda a graduação.
Mariana: questiona a intenção de transformar o ensino presencial em ensino remoto, principalmente, no curso de medicina. Entende o fator da precarização trabalhista, mas não vê isso como suficiente para a perda do ensino.
Chau: afirma que é na linha da precarização do trabalho dos docentes, na diminuição de gastos com permanência estudantil e de, por exemplo, com serviço de limpeza - que é o que dá mais gasto hoje na Unifesp. Os docentes e os discentes arcam com os ônus da educação, assim, há uma economia do dinheiro estatal, indo a favor de políticas de austeridade. Levando em consideração o curso de medicina, pode ser que demore mais para torná-lo em ensino remoto do que outros cursos, mas também acontece das suas maneiras. O ensino, no ensino remoto, é fragmentado da pesquisa e extensão (tripé universitário), o que ocasiona um sucateamento dessa lei constitucional, afastando a universidade da população.
Larissa: Retoma o que a Mariana contou sobre a fala do professor a respeito do Ensino Remoto. Ele disse que, no final do ano passado, o departamento de neurofisio já estava pensando em disponibilizar aulas gravadas e fazer parte do ensino na forma remota em algum tempo. Ele ainda apontou que esse projeto foi antecipado pela pandemia e que ele achou uma experiência positiva.
Rafael: entende que é diferente a disponibilização de aulas online em conjunto com as aulas presenciais do cenário de apenas de ensino remoto. Percebe que a última situação é que está sendo levada em consideração. Ressalta a portaria do conselho nacional de educação que diz que ensino remoto pode perdurar até final do ano que vem.
Mariana: comenta sobre a proposta de fundir dois anos do ensino e que isso está sendo abordado entre docentes da Unifesp, por exemplo, pessoas do segundo ano fazendo práticas do primeiro ano.
2. Saúde Mental dos Estudantes
Chau: participou de uma reunião não representando o CAPB do observatório EPM, o qual é um projeto constituído por docentes de psiquiatria e pelo voluntariado, tratando de assuntos, como burn out.
Rafael: questiona se o observatório é uma fusão de algumas áreas da faculdade, como o voluntariado e departamentos. Não sabe do que se trata esse projeto, quais são seus objetivos e metas.
Chau: os integrantes do site do observatório são dois discentes (Giulia e Leonardo), o voluntariado, o projeto semear, departamento de psiquiatria. É um projeto da EPM. O formulário que o GT do CAPB divulgou nas redes sociais é o mesmo do individual que foi passado no e-mail, que contava pontos.
Amanda: Aponta que respondeu o questionário e que uma pessoa entrou em contato com ela apontando que sua pontuação já era inicialmente patológica e a deu possibilidade de a encaminhar para um serviço psiquiátrico/psicológico. Coloca que é difícil a divulgação porque as pessoas não levam a sério a questão da saúde mental.
Chau: reafirma o que foi falado pela amanda. Questiona se a contagem de pontos é
eficiente, mas entende que é uma estratégia para tentar resolver o problema dos estudantes. Ressalta as limitações do tratamento individual, pois alguns estudantes possuem um adoecimento mental por questões sociais, como perda de auxílio estudantil. Assim, além de haver um projeto com essa linha do observatório, tem que haver propostas mais amplas, fora do mundo interno da pessoa.
Daniele: Reafirma o que o Chau falou, aponta que tem ressalvas quanto à forma de elaboração do questionário, e que ela não é uma forma boa de medir a saúde mental, porque deixa as pessoas tensas ao verem o número de pontos que fizeram. Comenta tem ressalvas ao uso de questionários. Como propostas para alterar essa questão, coloca que a visão deve ser menos superficial, que a análise da saúde mental vai muito além de questões como socialização, alimentação, exercícios físicos etc, já que muitas pessoas não tem essas coisas como opção. Cria-se um ciclo vicioso em que as pessoas não conseguem aderir ao tratamento, continuam com os problemas que já tinham e até pioram. Aponta que a abordagem deve ser buscar entender a raiz dos problemas que impedem a aderência das pessoas ao tratamento, como problemas financeiros, excesso de pressão dentro da universidade, falta de permanência estudantil etc. Acredita que a saúde mental deve ser discutida para além de soluções práticas.
Chau: concorda com a Daniele. Entende que o projeto é maravilhoso, pois deu certo para ele mesmo, uma vez que pessoas do projeto falou com ele após resposta do formulário e o ajudou. Contudo, é necessário pensar além para que se contorne as limitações do projeto. Propõe que discutemos mais sobre essas questões e que a gente se insira nos espaços do projeto para que seja pensado além.
Larissa: Concorda com o que foi falado sobre a importância dos problemas de saúde mental serem tratados individualmente, já que parte das pessoas terá resultados com as soluções práticas, e parte não terá. Aponta que, por experiência própria, as relações familiares, por exemplo, são questões que adoecem muito mentalmente, principalmente durante a pandemia. Por conta disso, acha importante que o pensamento seja além das questões mais básicas, e seja sobre como agir quando os problemas extrapolam a atuação das pessoas.
Chau: entende que é um lugar mais fechado, porém acha que nos participarmos como estudantes, sem representar o CAPB, é uma boa ideia.
Amanda: Pergunta, no chat, como seria feita essa inserção dos alunos nos espaços do observatório.
Chau: Aponta que essa inserção seria divulgando os eventos do observatório, e a atuação deles no geral, além de participar das discussões promovidas por eles, para trazer os nossos pontos de vista já apresentados quanto à saúde mental.
Encaminhamento:
Buscar e avaliar uma maior inserção dos estudantes presentes nessa reunião ordinária nos espaços do observatório (como reuniões, discussões e divulgações), para promover um debate para além da questão individual, envolvendo a permanência estudantil e a determinação social. - APROVADO POR CONSENSO
3. Indicação comissão de mobilidade
Chau : é uma subcomissão dentro da CCM que visa fomentar e organizar os intercâmbios na Unifesp. Essa comissão é estratégica e essencial para a CLEV a fim de aumentar os intercâmbios pela nossa local. Existe uma vaga para essa comissão e se candidata para essa comissão.
Larissa: Concorda com o Chau assumir essa vaga, já que ele é o coordenador da CLEV, e já está inserido nesse contexto, além de estar tentando expandir a atuação da CLEV de forma mais estratégica.
Chau : questiona se mais alguém se candidatou para a vaga
Larissa : afirma que ninguém contatou as internas e nem a comunicação
Encaminhamento:
Indicamos João Vitor Chau como representante discente na comissão de mobilidade do curso médico até o final do ano de 2020 - APROVADO POR CONSENSO
4. Abaixo-assinado CA’s - PAUTA ADIADA
Larissa: aponta que no final da reunião da PRAE, os representantes da Unifesp saíram e os discentes começaram a discutir sobre o que tinha acontecido na reunião, e apontaram sobre um abaixo assinado feito pelos CAs, reivindicando os pontos que foram pedidos na reunião. Foi pedido, nessa ocasião, para que quem pudesse divulgá-lo o fizesse. O abaixo assinado reivindica, em geral, pontos da permanência estudantil.
Chau : questiona se está sendo feita a assinatura por estudante ou por instituição e propõe que tragamos na próxima reunião o abaixo-assinado para a leitura coletiva
Larissa: A assinatura está sendo tanto por estudante quanto por entidade
- O abaixo assinado será trazido para a próxima RO, será lido e discutido sobre a assinatura ou não.
5. Espaço de formação
Chau : o próximo espaço planejo é “Saúde da Mulher”, pensado para o dia 24/11 e alguns palestrantes. Foi pensado sobre a Ana Karen, médica e professora na universidade federal de Feira de Santana. Traz alguns pontos da Ana Karen. Uma outra possibilidade seria trazer alguém da coordenação de políticas de saúde da DENEM, que fez uma postagem recente sobre a determinação social nos processos de saúde da mulher. Questiona se mais alguém tem alguma indicação ou oposição à indicação que já foi feita
Rafael: Aponta que o quórum está bem baixo (5 pessoas) e que não sabe o quanto é válido decidir isso agora.
Chau: Como foi definido que o departamento de política precisaria passar em RO as indicações, esse espaço ficou para a discussão dessa questão, e que ficaria muito em cima da hora fazer o convite após a reunião do dia 18, uma vez que o espaço já será no dia 24.
Encaminhamento:
Aprovar a Ana Karen como primeira opção de palestrante para o espaço, fazer o convite, e se não der certo, trazer outra proposta para ser aprovada na reunião organizativa do GT do dia 18. - APROVADO POR CONSENSO
Estiveram presentes:
Larissa Parra
Mariana Prete
Camila Santos Lopes
Daniele Vieira
João Vitor Chau
Rafael Prado
Amanda Vieira
Carla Do Nascimento
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